segunda-feira, 28 de maio de 2012

Feira do Agricultor comemora um ano no Caxias Shopping


 
A feira oferece produtos frescos e de boa qualidade
A Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento vai comemorar no domingo, 3 de junho, um ano de sucesso da Feira do Agricultor Familiar Caxias Rural, realizada no primeiro domingo de cada mês em parceria com o Caxias Shopping. Das 12h às 18h, cerca de 20 agricultores da zona rural do município estarão comerciando seus produtos. Quem visitar a feira poderá participar da oficina de artesanato com material reciclado da escola de samba mirim Pimpolhos do Grande Rio e levar para casa uma sacola ecológica.
“É com muita alegria que comemoramos um ano de sucesso da feira e a parceria com o Caxias Shopping. Nesse período, os freqüentadores do shopping puderam levar para suas casas produtos frescos e de ótima qualidade. Muitos fregueses se tornaram amigos dos produtores da nossa zona rural. Nosso projeto conta também com apoio da Emater/Rio e da empresa Ecowood Rio, que doou as bancas expositoras, feitas com material reciclável”, disse o secretário Samuel Maia.
Da Feira do Agricultor Familiar participam agricultores do assentamento Terra Prometida e dos bairros Capivari, Tabuleiro, Lamarão, Piranema, Xerém, entre outros da zona rural. Entre os produtos comercializados estão quiabo, cará, batata doce, feijão verde, abóbora, aipim, berinjela, abobrinha, ovos de galinha caipira, além de doces em compota, temperos e café. Também são encontradas flores produzidas no bairro Taquara, tudo a preços atrativos. Além disso, os fregueses podem pedir dicas para o preparo de refeições saudáveis.
Grande variade de hortaliças pode ser adquirida no local
Samuel Maia conversa com produtores do assentamento Terra Prometida


Texto: Paulo Gomes
Fotos: Everton Barsan

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meio Ambiente comemora 23 anos da Rebio Tinguá





A exposição fotográfica na Praça da Mantiquira atraiu muitos estudantes




Os 23 anos de criação da Reserva Biológica do Tinguá foram comemorados pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias na quarta-feira, 23 de maio. Das 9h às 13h, na Praça da Mantiquira, em Xerém, foram promovidas atividades voltadas para o meio ambiente, além de oficinas e exposição de fotos da Rebio Tinguá. Também foram distribuídas centenas de mudas de árvores típicas da mata atlântica encontrada na reserva, que tem mais de 25 mil hectares.



O secretário Samuel Maia falou da importância da Rebio Tinguá na vida de todos os moradores da Baixada Fluminense e da Região Serrana. Disse também que a reserva é importante para o abastecimento de água na capital do estado, na Baixada Fluminense e em toda a Região Metropolitana. Destacou, ainda, o trabalho do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela proteção da região, criada em maio de 1989 por decreto federal.



Das comemorações participaram alunos das escolas municipais de região; do curso de guarda ambiental mirim; do Movimento Ambientalista Brasileiro (MAB); das ONGs Onda Verde e Care Brasil; e do Inmetro. O evento contou ainda com a participação do Chefe da unidade Rebio Tinguá, Flávio Silva, que elogiou a iniciativa da secretaria



Samuel Maia e alunos da rede municipal de ensino nas comemorações



A exposição do Inmetro destacou a fauna e a flora da região



Paulo Gomes












quarta-feira, 23 de maio de 2012

Duque de Caxias marca presença na 1ª Consocial em Brasília


Concentrado, Samuel Maia, se prapara para debater as propostas do Estado
O secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias, Samuel Maia, teve participação destacada na 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (1ª Consocial), que aconteceu em Brasília de 18 a 20 de maio. Os delegados de todos os estados do Brasil aprovaram 80 propostas/diretrizes que irão subsidiar o Plano Nacional sobre Transparência e Controle Social. Entre as propostas aprovadas estavam o financiamento de campanha, capacitação de conselheiros e de orçamento participativo. Da etapa nacional participaram 1.200 delegados de todo país. Samuel Maia foi o único gestor público do Estado do Rio de Janeiro a participar como Delegado.
Para Samuel Maia, o encontro foi um momento histórico uma vez que consolida a democracia brasileira e garante instrumentos contra a corrupção. Maia destacou a importância do orçamento participativo e da transparência em todos os níveis da adminstração pública e das entidades que recebam ou tenham recursos públicos.
Na 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (1ª Consocial) foram definidas 80 propostas/diretrizes que irão subsidiar o Plano Nacional sobre Transparência e Controle Social.
A 1ª Consocial reuniu 1,2 mil participantes em Brasília



Texto: Paulo Gomes
Fotos: Divulgação

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caxias comemora criação da Rebio Tinguá

 
 Samuel Maia

Criada pelo Decreto Federal 97.780, de 23 de maio de 1989, a Reserva Biológica do Tinguá, está comemorando 23 anos. Ocupando uma área de cerca de 25 mil hectares abrange seis municípios, entre eles Nova Iguaçu (com maior parte da reserva), Duque de Caxias e Petrópolis. Para marcar a data, a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias programou uma solenidade na próxima quinta-feira, dia 24 de maio, na Praça da Mantiquira, em Xerém.
A partir das 9h, o secretário Samuel Maia estará no local com funcionários de sua pasta para conversar com os moradores sobre a Rebio Tinguá e distruibuir mudas de árvores nativas da Mata Atlântica. Membros do Movimento Ambientalista Brasileiro (MAB) e do Conselho Municipal de Meio Ambiente também confirmaram presença na comemoração.
Patrimônio Natural da Humanidade, declarada pela UNESCO na categoria Reserva da Biosfera, a Rebio Tinguá se destaca pela importância para o abastecimento de água da Capital, Baixada Fluminense e Região Metropolitana.
Proteção do ICMBio - A Rebio Tinguá conta com a proteção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e integrado ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que pode executar as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Entre outras atribuições o Instituto tem autonomia para fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das Unidades de Conservação federais.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Guarda Ambiental de Duque de Caxias aumenta efetivo


Guardas realizam apreensão de pássaros silvestres mantidos em cativeiro
A Guarda Ambiental de Duque de Caxias, subordinada à Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, vai aumentar seu efetivo. Decreto assinado na quarta-feira, 16 de maio, pelo prefeito José Camilo Zito, autoriza a Secretaria de Integração, Segurança Pública e Defesa Civil, transferir 5% de seu efeito para órgão. A Guarda Ambiental (GA) que tem hoje oito agentes passará a contar com mais 12 guardas.
Os GAs são responsáveis pela preservação do meio ambiente e trabalham nas áreas de proteção Ambiental do Parque Equitativa, Taquara e Museu Vivo São Bento, além de participar de operações de combate a venda de animais silvestres no município com órgãos federais e estaduais, principalmente nas feiras-livres. Também atende denúncias de posse ilegal de animais.
Para o secretário Samuel Maia é mais um avanço do governo municipal que sempre esteve voltado para preservação do meio ambiente. “O prefeito Zito sempre mostrou interesse no meio ambiente e em seu governo foram criadas APAS e a Reserva Biológica do Parque Equitativa, a primeira municipal de todo o Estado”, disse Maia, acrescentando que outros avanços serão anunciados pelo prefeito Zito antes da Rio +20.


Texto: Paulo Gomes
Fotos: Everton Barsan

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Samuel Maia fala de transparência em Brasília

Samuel vai representar o estado do Rio de Janeiro em encontro



O secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento de Duque de Caxias, Samuel Maia, participará nos dias 18,19 e 20 de maio, em Brasília, da 1ª Conferência Nacional de Transparência e Controle Social. Ele foi o mais votado pelo setor público na conferência regional para representar o estado no encontro organizado pela Controladoria Geral da União. Ele falará sobre transparência no setor público e orçamento participativo. Na etapa municipal o modelo de gestão adotado por Maia, foi aprovado por unanimidade, pelos Conferencistas participantes e na Etapa Estadual Maia recebeu a maioria dos votos diretos na eleição no setor público.



quinta-feira, 10 de maio de 2012

Caxias vacina todo o seu rebanho contra a febre aftosa

Cidade Campeã em Vacinação



Todo o rebanho deverá ser vacinado até o final de maio
Pelo quarto ano consecutivo, o município de Duque de Caxias irá vacinar todo seu rebanho na campanha contra a febre aftosa. Para o secretário Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, a ação mostra o esforço do governo municipal em cuidar da pecuária e preservar a área rural. Nesta primeira fase será vacinado até o final de maio todo rebanho do município, estimado em 12 mil cabeças. A segunda fase acontece em novembro, onde todos os animai serão vacinados novamente.
A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa que ataca todos os animais de casco fendido - como bovinos, suínos, caprinos e ovinos - e deve ser aplicada de seis em seis meses. “É muito importante vacinar os animais para evitar perdas econômicas”, alertou Samuel Maia.
A secretaria Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, com sede em Jardim Primavera, mantém à disposição dos pecuaristas e agricultores um núcleo de atendimento no distrito de Xerém. Os interessados podem se dirigir à Praça Engenheiro Leão de Moura, 4, próximo a Biblioteca Municipal de Xerém, ou pedir informações ou tirar dúvidas através do telefone 2679-4292, de segunda a sexta-feira, no período das 9h às 17h.

Samuel Maia: "É muito importante vacinar para evitar perdas econômicas"


Texto: Paulo Gomes
Fotos: George Fant

sábado, 5 de maio de 2012

Zito inaugura praça e reserva biológica no 3º distrito


O tempo frio e a garoa que caiu na noite de sexta-feira, 27 de abril, não tirou o ânimo dos moradores do Parque Eqüitativa, no terceiro distrito, que foram às ruas para prestigiar a inauguração da Reserva Biológica e da Praça Bento Antônio da Silva, conhecida também como Praça do Monte. A reserva, entregue oficialmente pelo prefeito José Camilo Zito e pelo secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, ocupa uma área de1,5 milhão de metros quadrado e é rica em flora e fauna. Também foi entregue a sede administrativa do parque que será administrada por um comitê gestor, formado pelo poder público, entidades representativas e moradores. O monitoramento da região será feito por agentes da Guarda Florestal Municipal e biólogos.
 
A solenidade chamou a atenção dos moradores, que ocuparam a área
Localizada junto à reserva, no final da Avenida Duque de Caxias, a nova praça foi construída com material reciclado e ganhou um lago abastecido com água de uma das minas existentes no parque, que também abastecem as residências do entorno e de uma do próprio local. Os bancos da praça foram construídos com dormentes de linha férrea e os caminhos ganharam taboas reaproveitadas de sobras de obras. A área ganhou ainda uma Rosa dos Ventos, admirada e elogiada por todos e acesso para deficientes.
A festa contou com a participação da banda marcial do Colégio Ciob e da cantora Carol Sutil, de alunos do Colégio Padre Anchieta e da Escola Municipal Afonso Arinos. Entre as autoridades, o vice-prefeito Jorge Amoreli, a deputada federal Andréia Zito, secretários municipais, membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente, do Movimento Ambientalista Brasileiro – MAB, do Frei Iduíno Poubel, da Paróquiade Santa Cruz da Serra e pastores evangélicos.
Morador do local há mais de 30 anos, Antônio Gomes ficou satisfeito com a obra
Em nome dos moradores, o professor e jornalistas Edson Mota de Moura homenageou o prefeitoZito e entregou um abaixo-assinado com o agradecimento de todos pelas ações nobairro visando à preservação da flora e da fauna local. Outro morador do local, Antônio Gomes Filho, de 73 anos, era um dos que elogiaram ainiciativa do governo em preservar a área e construir uma praça, reivindicaçãoantiga dos moradores. À frente da Associação de Moradores do Parque Eqüitativa, ele disse que sempre lutou com a comunidade pela preservação da mata e do reaproveitamento da área onde foi construída a praça. Morador do bairro há maisde 30 anos, engenheiro e pesquisador geológico, Antônio Gomes vai construir um equipamento de aeração para oxigenar a água do lago para preservação dos peixes.
Durante a inauguração, o professor Edson Mota homenageou o prefeito Zito
Zito falou da preocupação de seu governo com o meio ambiente e pediu que a comunidade cuidasse da praça e preservasse a reserva. Ao lado do vice-prefeito Jorge Amoreli, morador de Imbariê, na mesma região, Zito fez um balanço de seus governos e das dificuldades encontradas nessa gestão. Falou de sua infância nobairro Dr. Laureano e da vida pública iniciada como vereador ao lado do médico Amoreli, “um homem do bem e um vencedor”.
Destacou também a construção da Universidade Pública Duque de Caxias – UERJ e do Hospital da Mulher e da Casa da Mãe Caxiense, em Santa Cruz da Serra, que dará apoio às gestantes e seus filhos até os cinco anos. Falou, ainda das escolas de horário integral que estão sendo construídas em vários bairros e da construção do Colégio Federal Pedro II, no bairro Centenário.
Zito falou da preocupação com a educação e o futuro dos jovens de Caxias
“Só vamos acabar com a violência educando nosso povo. Estamos conscientes da nossaresponsabilidade dando uma profissão aos jovens que sairão da escola preparados para a vida. Nossa cidade é grande, alegre e nosso povo feliz. Estamos criando empregos e temos um comércio de qualidade. Não precisamos mais sair da cidade para fazer compras. Duque de Caxias foi a cidade que mais gerou empregos no Rio de Janeiro”, ressaltou Zito, acrescentando que os investimentos estão dando retorno, frisou Zito.
Samuel Maia (de azul), ao lado do vice-prefeito Jorge Amorelli
Para o secretário Samuel Maia, “é o coroamento de um trabalho que começou em 2009,onde a participação popular e o poder público fizessem mais esta conquista para uma Duque de Caxias mais verde. O prefeito Zito marca mais uma vez o seu governo criando mais uma unidade de conservação. A vitória é de todos nós, principalmente dos moradores que se empenharam para a área fosse preservada. O prefeito Zito pediu que cuidássemos do pulmão verde da cidade e estamos alcançando vitórias graças a sua sensibilidade”, destacou o secretário.
Adeputada Andreia Zito disse que o momento era especial por se implantar uma Reserva Biológica, destacou também a evolução a educação na cidade e parabenizou os atletas de Duque de Caxias campeões dos Jogos Abertos do Interior (JAI), no mês passado, no Estádio Célio de Barros.


Texto: Paulo Gomes
Fotos: Marcio Leandro

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Duque de Caxias reconhece Fórum de Economia Solidária



Samuel Maia e Jorge Amorelli se reuném com membros do Fórum
Criado em julho de 2004, o Fórum de Economia Popular Solidária de Duque de Caxias (FEPS/DC) vai ser reconhecido oficialmente pelo governo municipal. Durante reunião realizada nesta sexta-feira, 5 de maio, na sede da Prefeitura, com o vice-prefeito Jorge Amoreli, o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, Samuel Maia, e membros do FEPS foram acertadas várias questões importantes. Também foi discutida a criação de bancos comunitários em outros bairros. O primeiro foi inaugurado em setembro do ano passado no bairro Saracuruna e tem sua própria moeda, o “Saracura”, aceita por mais de 80 comerciantes da região. Os descontos nas compras variam de 5% a 10%.
O reconhecimento oficial do FEPS será feito através de Decreto do prefeito José Camilo Zito. Também foi oferecido um local para sede do centro de referência, espaço que será usado para formação e comercialização. Também foi acertada a realização de uma feira uma vez por mês na Praça Roberto Silveira com a participação de artesãos, produtores rurais e orientadores de atividades econômicas de produção.
Economia Solidária é definida como de autogestão, voltada para o desenvolvimento de atividades econômicas de produção. No movimento não existe a figura do patrão. Todos os integrantes, associações, grupos e cooperativas são donos e trabalhadores. Do encontro participaram a assistente social Ana Paula Correia, do CDVida (Centro de Defesa da Vida), Amadeu Vila, membro do Fórum e um dos gestores do Banco Comunitário de Saracuruna, Maria José Silva, Maria Luiza Oliveira e Crislândia Morais, também do FEPS/DC.
Maia e Amorelli: apoio a economia solidária
Para o FEPS, a economia solidária é um jeito de pensar e realizar o desenvolvimento, onde as dimensões culturais, étnicas e ecológicas são valorizadas e estão presentes em suas ações e projetos. “Cooperação, autogestão e solidariedade são proncípios da economia solidária, movimento do qual participam empreendimentos, gestores públicos, instituições de assessorias, universidades, incubadoras, movimentos sociais, entre outros segmentos”, destacou Ana Paula Correia no documento entregue ao secretário Samuel Maia.
Ficou acertado anda, que representantes do FEPS visitarão nos próximos dias um imóvel localizado em uma área junto à Avenida Presidente Kennedy, no bairro Vila Rosário, onde já funcionou a Secretaria de Meio Ambiente e foi cedida à Prefeitura pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa. Se a oferta foi aceita, o prédio poderá ser transformar no Centro de Referência do FEPS.
Ana Paula Morais e Maria José da Silva destacaram ao fim da reunião o avanço no sonho do FEPS de ser reconhecido e ter uma sede, graças a boa intenção do governo municipal e o empenho do secretário Samuel Maia.
Maria José e Ana Paula, da FEPS: realização do sonho de ser reconhecido


Texto: Paulo Gomes
Fotos: George Fant

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Situação do saneamento no Brasil é dramática e não condiz com crescimento econômico do país, diz especialista


01/05/2012 - 11h37
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os indicadores de saneamento no Brasil são “dramáticos” e fazem o país parecer parado no século 19. A avaliação é do presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos. A organização não governamental realiza estudos e acompanha a situação do saneamento básico no país.
De acordo com o Trata Brasil, os últimos dados disponíveis do Ministério das Cidades, de 2009, mostram que cerca de 55,5% da população brasileira não estão ligados a qualquer rede de esgoto e que somente um terço dos detritos coletados no país é tratado.
“Podemos dizer que a grande maioria do esgoto do país continua indo para os cursos d’água, os rios, as lagoas, os reservatórios e, consequentemente, o oceano. O Brasil parou no século 19. Qualquer indicador que você pegue tem níveis dramáticos, que não têm nenhuma relação com o avanço econômico que o Brasil vem tendo”, disse Carlos.
Para o especialista, o Brasil teve avanços, principalmente com a criação do Ministério das Cidades e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os progressos, no entanto, ainda são tímidos em relação às necessidades do país.
Segundo ele, atualmente são investidos entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões por ano em saneamento no Brasil, quantia inferior à necessária para atingir as metas do governo até 2030 – investimento de R$ 420 milhões pelos próximos 18 anos, o que corresponde a cerca de R$ 20 bilhões por ano, de acordo com estimativas feitas pelo Ministério das Cidades.
Mesmo com o aumento dos recursos para saneamento básico nos últimos anos, principalmente por causa do PAC, a maioria dos projetos não sai do papel. Um levantamento divulgado no início de abril deste ano pelo Trata Brasil, sobre as 114 principais obras de saneamento da primeira fase do programa, mostra que apenas 7% delas estão prontas. Entre as demais, 32% estavam paralisadas e 23% atrasadas.
“O problema não é a falta de recursos. Os municípios não conseguem tocar as obras. Muitos projetos [apresentados ao PAC] estavam desatualizados e tinham problemas técnicos. Muitas obras não passaram nem na primeira inspeção [do programa]”, informou o especialista.
Para Édison Carlos, os principais entraves ao avanço do saneamento básico no país são a falta de prioridade dada pelos políticos à questão e a falta de interesse da população em cobrar essas obras das autoridades.
O Instituto Trata Brasil participará da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Cnuds), a Rio+20, mas Édison Carlos é cético em relação aos avanços que poderão ser obtidos.
“Espero estar errado, mas acho que temas como os biocombustíveis, a questão da floresta e o efeito estufa tendem a dominar as discussões. Além disso, o que costuma balizar essas discussões são temas econômicos”.

Governo pretende duplicar acesso à rede de esgoto no país em 18 anos

Rio de Janeiro – Apenas 44,5% dos domicílios brasileiros estão conectados a uma rede de esgoto. O quadro, segundo o secretário nacional de Saneamento Ambiental, Leodegar Tiscoski, é de uma situação “muito precária”. O Plano Nacional de Saneamento Básico, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano, tem a meta de duplicar esse acesso e ampliar a rede para chegar a 90% dos domicílios até 2030.
Para cumprir essa meta do plano, assim como outras (universalização do acesso à água e da coleta de lixo urbano), é necessário investimento de R$ 420 bilhões nos próximos 18 anos, o que corresponde a R$ 20 bilhões por ano, entre recursos públicos e privados.
Mesmo que os investimentos previstos sejam efetuados, haverá 10% da população ainda sem acesso ao esgotamento sanitário. Segundo Tiscoski, o governo federal não tem uma previsão de quando conseguirá fazer que essa parcela da população tenha acesso ao saneamento -  e, efetivamente, universalizar o acesso à rede de esgoto.
De acordo com o secretário, obras de saneamento são complexas, levam tempo e precisam de bons projetos. Por isso, mesmo que haja recursos disponíveis, não há como garantir que as obras sairão do papel no curto prazo.
“Uma obra de saneamento tem ciclo de cinco anos, sendo dois anos para seleção, elaboração de projetos e licitação, e três anos para execução, em média. Os estados, os municípios e as companhias também têm limitações, como problemas de gestão, falta de projeto, de licença ambiental e uma série de fatores que travam o pleno andamento das obras”, disse.
Tiscoski informou que até o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que foi um avanço na área, enfrentou problemas. A primeira fase do programa foi lançada em 2007 e, desde então, foram selecionados 800 projetos de coleta de esgoto, que somam R$ 21 bilhões. Segundo o secretário, no entanto, muitos estados e municípios tinham projetos defasados ou sequer tinham projetos para rede de esgoto.
“Temos obras de 2007 ainda não iniciadas, justamente pela falta de projetos”.

Um dos 15 municípios mais ricos do país, Duque de Caxias é antiexemplo na área de saneamento

Rio de Janeiro – Com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 25,7 bilhões, o município fluminense de Duque de Caxias é a 15ª maior economia municipal do Brasil, segundo dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, a cidade da Baixada Fluminense poderia ser vista como um antiexemplo na área de saneamento básico.
Um estudo divulgado pela organização não governamental Trata Brasil coloca Duque de Caxias entre os dez municípios do país com mais de 300 mil habitantes com os piores índices de coleta e tratamento de esgoto – assim como outros três vizinhos da Baixada: Nova Iguaçu, São João de Meriti e Belford Roxo.
Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente de Duque de Caxias, Samuel Maia, o problema é centenário, mas nunca chegou perto de ser resolvido. Maia explica que troncos coletores [tubulação do sistema de esgoto] chegaram a ser instalados nas décadas de 1980 e 1990, mas boa parte nunca foi usada.
A maior parte do esgoto, assim, vai para fossas, sumidouros [local por onde se escoa água] ou é jogada diretamente nos cursos d´água ou nos reservatórios de Caxias, que deságuam na Baía de Guanabara. Segundo Maia, o resultado é a alta incidência de doenças relacionadas à falta de saneamento para a população de 855 mil pessoas.
“Você tem uma incidência enorme de doenças, como de pele, e de vetores de doenças. Além disso, você contamina canais e rios, e isso também traz um prejuízo à qualidade de vida das pessoas”, disse o secretário.
Apesar do município ter uma economia maior do que a dos estados do Acre, do Amapá e de Roraima juntos, o secretário diz que Duque de Caxias não tem capacidade financeira para arcar com os custos de implantação de uma rede coletora de esgotos e de estações de tratamento.
Maia informou que a responsabilidade pelo esgoto de Caxias é da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que, segundo ele, cobra os usuários da cidade pelo serviço de coleta, mas não executa a função.
Segundo o gerente da Cedae responsável pela Baixada Fluminense, Armando Vieira Júnior, no entanto, a companhia é responsável apenas pela coleta e pelo tratamento de esgoto do sistema já em operação. A expansão da rede, que hoje atende a apenas 15% do município, de acordo com a Cedae, seria tarefa da prefeitura.
Edição: Carolina Sarres